Sunday, January 08, 2006

Esperança renovada




Há algo de novo em Itanhaém. O centro da cidade, que devido ao início das obras à cerca de três meses, parecia com uma praça de guerra, está bem mais bonito do que era antes do início da reforma. O piso das calçadas, formado por tijolos, está colorido, alegre, e a felicidade também tomou conta dos comerciantes, pois o fluxo de turistas nunca foi tão grande. Mas o fato que mais agrada a este poeta é o fato de que, nessa temporada de verão, a prefeitura investiu profundamente em eventos culturais. Para quem não conhece a cidade da “Pedra que Canta”, não consegue imaginar que, até dois anos atrás, aqui não tinha cinema e que a única diversão da galera, mesmo na temporada, era ficar dançando funk em frente da Capela do Vinho, na Praça da Matriz. Mas parece que este tempo ficou para trás. Em alguns locais da cidade, estão ocorrendo apresentações teatrais, a céu aberto, já que a cidade não possui teatro. Bandas locais dividem o palco com bandas consagradas. Uma dessas bandas foi o Biquíni Cavadão, que se apresentou na sexta-feira à noite na Praia do Sonho. Para quem não conhece essa cidade e não conhece a sua pobreza cultural, não faz idéia do quanto esse evento foi marcante. A banda, além de tocar os seus hits, fez covers de diversas bandas nacionais, inclusive de bandas atuais, como o Charlie Brown Jr., o que fez a alegria do público jovem que mal conhecia o Biquíni Cavadão. Além disso, tocaram músicas internacionais que povoam as rádios; músicas que esse poeta nem sabe que banda as toca. O engraçado é que, na hora em que tocaram “We Will Rock You”, do Queen, música essa que se tornou célebre entre os teens devido a uma propaganda de refrigerantes, o público foi ao delírio, mesmo àqueles jovenzinhos que nem sabiam quem foi Freddy Mercury. Foi uma noite mágica, com muita Rock’n ‘roll, coisa que o povo que lotou a praia curtiu, apesar de estarem acostumados a ouvir sambinhas e achézinhos. Da minha parte, espero que essas atividades culturais não sejam coisa para paulistano ver e que se torne parte constante da vida da cidade. Afinal de contas, “a gente não quer só comida”.

0 Comments:

Post a Comment

<< Home