Tuesday, January 17, 2006

Emily Rose e o Terror





A tecnologia trouxe muitos avanços ao cinema. Graças a ela, é possível assistir a cenas que nunca poderíamos imaginar. Por outro lado, no entanto, a tecnologia causou um grande estrago nos filmes de terror. Quem adorava assistir a filmes assustadores com Vincent Price(à direita), Christopher Lee (à esquerda), Peter Cushing e Boris Karloff, hoje vive frustrado. Isso porque, antigamente, os filmes de terror tinham uma boa história e um elenco de primeira. Era possível perceber, principalmente nos filmes do Vincent Price, que esses atores se divertiam interpretando os seus papéis. Para quem não é tão velho quanto este poeta, deve ter se divertido com os filmes de terror dos anos 80, como Poltergeist, Halloween, A Casa do Espanto, A Morte do Demônio e outros. No entanto, houve uma época, principalmente em meados dos anos 90, em que os filmes de terror haviam se tornado um punhado de efeitos especiais desperdiçados, já que seus roteiros eram pífios e os seus atores, idem. Os filmes eram tão ruins que alguns deles causavam mais gargalhadas do que arrepios. Essa época, no entanto, parece estar ficando para trás. Com a invasão dos filmes de terror japoneses, que muitas vezes possuem uma história de gelar a espinha, os filmes americanos voltaram a ficar legais. O Exorcismo de Emily Rose é um exemplo disso.
Esse filme, que é baseado em uma história real, narra a história de Emily

Rose, uma garota que supostamente foi possuída pelo demônio e acaba morrendo após um padre ter fracassado seguidamente na tentativa de retirar o demônio de seu corpo através de um exorcismo. O mais assustador no filme é a sua aparência de real. Jennifer Carpenter, que interpreta a garota possuída, não precisa usar maquiagens para causar medo. O modo como contorce o seu corpo, seus gritos e seus olhos arregalados ao extremo já bastam. Isso sem falar de sua voz, nas partes em que cita quais são os demônios que estão dentro de seu corpo (“One, two, three, four, five, six!”). Sua interpretação coloca a de Linda Blair, a garota do filme do exorcista, no chinelo. No filme, não fica claro se a garota foi realmente possuída. Isso vai depender da interpretação e, principalmente, da crença de cada expectador.
Seria impossível finalizar esse comentário sem mencionar a história das três horas da manhã. No filme, o demônio sempre atua nesse horário, pois é uma forma dele zombar da santíssima trindade. Depois do filme, sempre que fico acordado até essa hora, o medo toma conta de mim, como se eu fosse ver algo do além. Por isso, vou encerrar este post por aqui é pegar a cruz e me enfiar debaixo das cobertas. Está quase na hora.

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