Wednesday, August 19, 2009






No colegial, meu professor de português citou uma célebre frase de Lord Byron (foto à direita), escritor do Romantismo, que nunca me esqueci: “A lembrança de um amor não é mais amor, enquanto a dor ainda é dor”. Era curioso constatar que o amor, sentimento que geralmente é retratado como algo bom, com a princesa sempre conquistando o seu amado no final dos contos de fada, era capaz de ferir o peito como uma estaca invisível, fazendo jorrar um sangue invisível que demora a cessar. Com certeza, a lembrança de uma decepção amorosa trará de volta essa dor, em menor ou maior proporção, não importa quantos anos tenham se passado. Também é notório que o amor, além de ser o arauto da felicidade, pode ser o prenúncio da destruição de alguém. A situação complica ainda mais quando o indivíduo tem o poder de se reconciliar com a pessoa amada. Por quê? Ora, essa reconciliação pode causar autodestruição se os mesmos elementos de outrem que forem responsáveis pela separação ainda estiverem presentes, inalterados, eternamente imutáveis. Assim, com o estreitamento dos laços, esse relacionamento pode ser o início da estrada da perdição. Entretanto, pode ser que a pessoa amada tenha realmente mudado, como afirma, e a indecisão, a saudade estejam apenas impedindo que as portas do Paraíso se abram.


Escolha do Amor


Difícil decidir
se seu toque
passou...
passado apenas,
ou volta:
presente.

Tudo repousa,
alegrias, tristezas
na cabeça
e seu lábio
imbejável,
pois,
prisioneiro do presente,
apenas imagina.

Voltar o Amor?
semente na terra
ou granizo
na colheita?
17.09.09

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